
O sucesso desse livro não é a Igreja Católica, mistérios do passado ou a ligação com Jesus Cristo, e sim o fato de apresentar, ao mesmo tempo, descrições artísticas, arquitectónicas, históricas, ritualísticas etc. de assuntos que estão longe do nosso dia-a-dia. Kostova deixa o cristianismo de lado e vai para o outro lado, a escuridão. E vai bem.
Como na tradicional saga, uma adolescente descobre pistas que a levam para um mundo de dor e sofrimento, í medida em que a autora nos apresenta a história de Vlad, o Empalador, cruel genocida da Idade Média que inspirou Bram Stoker a escrever "Drácula". Por trás de sua história, a protagonista se depara com a sociedade de preservação da maldade, uma linhagem secular que atravessa os séculos até aos nossos dias. Deixe Maria Madalena e a Mona Lisa de lado - as sombras assumem a direcção.
E Kostova flui bem. Tanto pela história quanto geograficamente - somos apresentado í história do Leste Europeu, com impérios otomano, bizantino e União Soviética ressurgindo dos mortos í medida em que a história, contada em três tempos diferentes, se desenrola. Mais Dan Brown que Anne Rice, "O Historiador" é outro tijolo na pavimentação da estrada de volta í leitura. A história é a mesma - o que importa é o que acontece no caminho.
Título: O Historiador
Autora: Elizabeth Kostova
Editora: Suma de Letras/Objetiva - Brasil
Páginas/físico: 544
Páginas/digitalizado: 376
Digitalização e correcção: Fátima Tomás
Revisão: Historiador
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